segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Fim do futurismo

Com a Primeira Guerra Mundial(1914-1918), o futurismo quase morreu juntamente com seus artistas mortos em combate, como Boccioni, ou vencidos pelo renascimento tradicionalista.
Alguns jovens tentaram reavivá-lo depois da guerra, mas sem sucesso. No entanto, a sua influência sobre os movimentos modernos que se seguiram foi muito importante e duradoura.

Algumas obras do futurismo

Formas de continuidade no espaço(1913, Umberto Boccioni







Forças de uma rua, Umberto Boccioni


Umberto Boccioni




Giacomo Balla












Dança do Mar(1914), Gino Severini



Auto-retrato de Umberto Bocionni







Futurismo no Brasil

No Brasil, o futurismo teve grande influência na produção artística de artistas ligados ao movimento modernista.
Artistas como Oswald de Andrade e Anita Mafaltti tiveram contato com o Manifesto Futurista e com Marinetti em viagens à Europa e muitas idéias e conceitos futuristas foram incorporados às obras desses modernistas brasileiros.
Pode-se observas as influências do futurismo na Semana de Arte Moderna de 1922, com seus conceitos de "desprezo o passado para criar o futuro e não à cópia e veneração pela originalidade", esses conceitos cairam como uma luva para os jovens artistas pararem com as cópias de modelos europeus e criarem uma arte brasileira.
Oswald, principalmente, apercebeu-se que o Brasil e toda sua diversidade cultural, desde as variadas autóctones de índios até a cultura negra, representavam uma vantagem e que com ela podia se construir uma indentidade e renovar as letras e as artes.

Características do Futurismo

→ Precedência da teoria sobre a prática e pretensão de ser "moderno", com exclusividade da expressão da arte do seu tempo, características que, também, marcaram outros movimentos;

→ Desvalorização da crença e do moralismo;

→ Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;

→ Propaganda como principal forma de comunicação;

→ Uso de onomatopéias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;

→ Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a idéia de velocidade;

→ Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a idéia de movimento e dinamismo;

→ Uso de elementos geométricos;

→ Movimentos animados pela fragmentação das figuras representadas;


No manifesto Futurista Marinetti divulgou os princípois basilares do futurismo: luta sem quartel às tradições, à cultura feita; exaltação dos instintos guerreiros; apologia de um novo homem-protótipo isento de sensibilidade, amoral, saudável, dominador e livre.


Para os futuristas a palavra chave era o dinamismo, que era considerado uma força universal e que deveria estar presente em todas as artes, reunindo ao mesmo tempo som, luz e movimento.

Origem do Futurismo

O futurismo teve origem no início do século XX, antes da Primeira Guerra Mundial. Ele se desenvolveu na Europa, sobretudo na Itália, com os trabalhos de Felippo Marinetti(1876-1944).
Felippo Marinetti foi um italiano nascido na cidade de Alexandria, suas primeiras obras foram poemas escritos para revistas literárias, e depois para sua própria revista - Poesia. Ele publicou no jornal Le Figaro(1909) de Paris um grande e famoso manifesto - um dos primeiros da arte moderna - onde mostrou sua oposição às fórmulas tradicionais e acadêmicas, expondo a necessidade de abandonar as velhas fórmulas e criar uma arte livre e anárquica, capaz de expressar o dinamismo e a energia da moderna sociedade industrial.
Este não foi o único movimento italiano sobre o assunto, tendo sido no entanto o mais radical de todos, por pregar ruidosamente a antitradição.